Levantamento aponta que o rádio é o mais resiliente entre todas as mídias tradicionais durante o coronavírus
A palavra "resiliência" tem sido aplicada com frequência ao rádio por diferentes institutos de pesquisas e análises dos Estados Unidos, seja para determinar o comportamento da audiência concentrada pela mídia ou até mesmo a sua relevância comercial. Essa capacidade de se adaptar à mudanças foi novamente comprovada durante a covid-19: a Borrell Associates descobriu que o rádio foi a mídia tradicional que menos sofreu com os retrocessos dos investimentos publicitários nos Estados Unidos. Acompanhe:
Assim como outras mídias tradicionais e digitais, o rádio sofreu com a crise imposta pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o portal norte-americano Inside Rádio, esse recuo foi de 22% nos investimentos feitos por pequenas e médias empresas, onde elas relataram interrupções ou diminuição na compra de mídia no rádio. Porém, se comparado com outros veículos de massa, o rádio teve a menor queda e também foi o meio que conseguiu ampliar suas receitas durante a covid-19 após a queda inicial.
"Estamos descobrindo que o rádio é a mais resiliente de todas as mídias tradicionais, de acordo com nossas pesquisas com compradores", disse o CEO Gordon Borrell ao portal norte-americano Inside Radio, que completa dizendo que também há diferenças geográficas na recuperação do investimento. "Cada mercado e, em muitos casos, cada categoria de negócios está reagindo de maneira única", diz Borrell.
Segundo a reportagem do Inside Radio, para chegar a suas novas previsões de publicidade e marketing por mercado, a Borrell Associates examinou dados de desemprego e tráfego de automóveis específicos de cada local. A empresa também interagiu com 12 mil anunciantes e realizou quatro pesquisas desde o final de março para entender como as atividades de comércio e marketing estavam respondendo à crise da covid-19. "Em alguns mercados, o tráfego é 85% da atividade 'normal', mas em outros, ainda é de apenas 34%", diz Gordon Borrell.
A reportagem ainda destaca que empresas como GroupM e a Magna anunciaram projeções recentes na queda de anúncios para o rádio de -17% e -24% em 2020, respectivamente. Porém, as previsões de Borrell são melhores para o meio, pelo fato de, diferentemente do GroupM e Magna, a empresa analisa exclusivamente as despesas com publicidade local.
Resiliência do rádio
Novamente sobre a resiliência do meio rádio, que é uma capacidade de adaptação, o termo foi utilizado recentemente pela Nielsen, antes da pandemia do novo coronavírus. Em janeiro o instituto relatou a liderança do rádio no consumo semanal de mídia nos Estados Unidos, isso perante a "guerra do streaming".
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